Artigos [Jornalismo]

Banco de Dados de Artigos da Área da Comunicação Social – Jornalismo
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1.                   ABRIL, Neyla Graciela Pardo. Representaciones del discurso midiático: El caso de la impunidad en la prensa colombiana. (Revista Fronteiras, v. 08, set/dez 2006). RESUMO: Este artículo es una aproximación al análisis crítico del discurso mediático a través del estudio de las representaciones sociales sobre la impunidad, decantadas a partir de un corpus conformado por 350 noticias de cuatro periódicos colombianos. La investigación se formula partiendo del reconocimiento de los niveles de representación del significado en el discurso desde un enfoque cognitivocultural, para lo cual se desentrañan las redes conceptuales, los modelos mentales, los modelos culturales y las representaciones sociales. Se demuestra a través del proceso analítico la manera como se entretejen los distintos niveles de construcción del significado en el discurso con base en el sometimiento del corpus a técnicas estadísticas de análisis de texto, técnicas lingüísticas y técnicas culturales y cognitivas de estudio del significado. Se reconstruyen e interpretan tres representaciones de la impunidad. PALAVRAS-CHAVE: discurso, impunidad, prensa, representaciones sociales, modelos culturales, modelos mentales.
2.                  AGLAIR, Bernardo - Sujeitos suspeitos, imagens suspeitas: as relações entre cultura midiática e cultura de vigilância. (Revista Estudos em jornalismo e Mídia, Ano 3, N. 1, jan/jun 2006) RESUMO: O artigo aborda alguns aspectos das complexas relações estabelecidas entre a cultura midiática e a cultura de vigilância, explorando as aproximações entre as tecnologias de produção e de reprodução de imagem e os dispositivos que empregam a imagem como meio para o controle e monitoramento social, como é o caso das câmeras de vigilância. Parte da perspectiva de que suas aproximações não são apenas de caráter tecnológico, mas também conceitual, ao considerar que ambos os universos compartilham a posição crucial que a imagem desempenha na cultura contemporânea. O artigo aborda, também, a proliferação destes dispositivos em um contexto social onde predominam os discursos sobre a violência urbana, entendendo as imagens como celas imagéticas e aprisionamentos ao ar livre e onde determinados sujeitos sociais são considerados mais suspeitos do que outros, além de explorar questões que dizem respeito ao mito da verdade de imagem. PALAVRAS-CHAVE: Cultura midiática , cultura de vigilância , câmeras de vigilância.
3.                  AGUIAR & NEDER. Práticas jornalísticas e políticas públicas: estudo dos indicadores de análise das coberturas sobre crianças e adolescentes doi: 10.5007/1984-6924.2010v7n2p226. (Revista Estudos Sobre Jornalismo e Mída, Volume 7, Nº 2, jul/dez 2010). RESUMO: Este artigo descreve os resultados de uma pesquisa baseada na análise das coberturas sobre a exclusão social de crianças e adolescentes, destacando alguns pontos de reflexão sobre a relação entre as práticas jornalísticas e as políticas públicas. É enfatizado, sobretudo, o papel da referência às políticas públicas como indicador de uma determinada qualidade da cobertura jornalística, em uma análise de conteúdo comparativa entre o “noticiário cotidiano” e as “reportagens especiais” na mídia impressa. Apesar do maior espaço dedicado à temática dos direitos da infância e de juventude ao longo da década pesquisada, verifica-se que “parâmetros mínimos” da prática jornalística atenta a agenda das políticas públicas para crianças e adolescentes são mais dificilmente atendidos no “noticiário cotidiano” do que nas “reportagens especiais”. PALAVRAS-CHAVE: Jornalismo impresso; políticas públicas; infância.
4.                  AMARAL Márcia Franz. Os (des)caminhos da notícia rumo ao entretenimento. (Revista Estudos em Jornalismo e mídia, ano 5, v. 1, jan/jun 2008). RESUMO: O artigo analisa a trajetória da notícia em direção ao entretenimento. Reflete sobre como os valores, o enquadramento, a estrutura da notícia e a imagem do leitor atuam no deslocamento do jornalismo para o entretenimento. Esse processo ocorre de forma mais evidente nos meios de comunicação segmentados para um público popular. PALAVRAS-CHAVE: Jornalismo, Entretenimento, Segmentação.
5.                  AMARAL, Márcia Franz. Sensacionalismo, um conceito errante. (Revista Intexto, Porto Alegre: UFRGS, v. 2, n. 13, p. 1-13, julho/dezembro 2005). RESUMO: O artigo mostra os limites e equívocos que acompanham a noção do sensacionalismo e busca os conceitos de Modos de Endereçamento e Matrizes Culturais para caracterizar as diversas estratégias usadas pelos produtos jornalísticos populares. No lugar da caracterização ampla de sensacionalismo, em que tudo cabe e pouco se explica, o artigo propõe “desfiar” o conceito, puxar novos fios analíticos e tecer uma malha que possibilite visualizar e analisar cada uma das especificidades a serem identificadas nos produtos jornalísticos populares. PALAVRAS-CHAVE: Sensacionalismo. Imprensa popular. Matrizes culturais.
6.                  AMARAL, Márcia Franz. Sensacionalismo: inoperância explicativa. (Revista Em Questão, Porto Alegre, v. 9, n. 1, p. 133-146, jan./jun. 2003). RESUMO: O artigo mostra a fragilidade do conceito de sensacionalismo no estudo do segmento popular da grande imprensa e evidencia sua baixa densidade explicativa por designar especificidades de ordens diversas que, ao serem reunidas num só conceito, nos afastam da complexidade do objeto. O sensacionalismo normalmente é associado a uma visão economicista da imprensa, uma noção elitista de cultura e uma abordagem unívoca do jornalismo. Apontamos a complexidade dos discursos abrangidos sob o rótulo sensacionalista em que estão imbricados tanto o circuito do capital, quanto o da produção e circulação simbólica. PALAVRAS CHAVE: Jornalismo; Sensacionalismo; Imprensa popular.
7.                  AMARAL, POZOBON & RUBIN . Modos de Endereçar a Tragédia – Indignação, Testemunho e Piedade. (Revista Lumina, V. 4, n. 2, dezembro de 2010). RESUMO: Análise do Jornal Nacional no dia do deslizamento do Morro do Bumba, em Niterói (RJ), a partir da identificação de marcas que evidenciam modos de endereçamento na cobertura de catástrofes. Localiza especificidades na postura dos mediadores, nos tipos de entrevistas realizadas, na forma como aparece a voz do povo e na maneira como o programa posiciona a audiência. PALAVRAS-CHAVE: Modos de endereçamento; catástrofes; Morro do Bumba
8.                  ANTUNES, Elton. Acontecimento Jornalístico. (Revista Em Questão, Porto Alegre, v. 13, n. 1, p. 25-40, jan/jun 2007). RESUMO: O tempo é um conceito central na produção da notícia. Este artigo explora a organização temporal como uma dimensão de análise na produção do acontecimento jornalístico e questiona a idéia de “presentismo”, aquele presente onipresente segundo Hartog. Como compreender esse fenômeno no discurso do jornalismo? A idéia central do jornalismo não é a redução do presente. A abordagem examina a maneira como a temporalidade integra o sistema de regras que define a especificidade da enunciação jornalística para sistematizar o mundo e produzir o tipo de sentido culturalmente relacionado à informação de atualidade. PALAVRAS-CHAVE: Acontecimento jornalístico. Temporalidade. Presentismo.
9.                  BARBERO, Jesús Martíns. Novas visibilidades políticas da cidade e visualidades narrativas da violência.(Revista Matrizes, V. 1, outubro/2007). RESUMO: As experiências narradas neste artigo colocam o problema da visibilidade política e narrativa que emerge do conflito e do atrelamento entre cidadania e urbanidade, entre experiência cidadã e experimentação urbana. O que narrarei a seguir, de forma sucinta e analítica, são algumas experiências e experimentações colombianas a respeito da nova visibilidade de Bogotá e as peculiaridades dos jovens em Medellín. PALAVRAS-CHAVE: urbanidade, periferia, conflito, juventude, visibilidade política
10.               BARBOSA & ENNE. O jornalismo popular, a construção narrativa e o fluxo do sensacional. (Revista ECO-Pós, v.08, n.2, agosto/dezembro 2005, p. 67-87) RESUMO: Haveria um tipo de jornalismo que poderíamos definir como popular e que se oporia a um outro jornalismo não classificado nesta categoria? Que construção narrativa seria prioritária nestes textos? Haveria um jornalismo sensacionalista?
11.                BERNARDES, Cristiane Brum. A Credibilidade como Estratégia de Identidade em um Jornal Massivo. (Revista Em Questão, Porto Alegre, v. 10, n . 1 , p . 23-39, jan./jun. 2004). RESUMO: O objetivo principal deste trabalho é analisar de que forma a busca da objetividade condiciona as condições de produção do jornal popular massivo Diário Gaúcho, editado no RioGrande do Sul pela RBS. A partir da reflexão sobre as práticas jornalísticas observadas no periódico, percebemos que a credibilidade é uma categoria fundamental para a identidade do jornal, servindo para afastá-lo do conceito de sensacionalista. Além disso, comprovamos a importância da credibilidade como estratégia de identidade profissional para os jornalistas que atuam no veículo, enquadrado no conceito de jornal popular massivo, segundo a perspectiva que norteia esta análise. PALAVRAS-CHAVE: Jornalismo Popular. Objetividade Jornalística. Credibilidade. Brasil.
12.               BERNARDES, Cristiane Brum. O Caso Sílvio Santos em um Jornal Popular. (Revista Em Questão, Porto Alegre, v. 9 , n. 1, p. 95-108, jan./jun. 2003). RESUMO: O texto analisa a Edição Especial do jornal Diário Gaúcho sobre a invasão da residência do empresário Sílvio Santos por um seqüestrador, em agosto de 2001. Partindo da definição do jornalismo popular como uma estratégia mercadológica dos veículos brasileiros na década de 90, o trabalho conclui que a forma como os jornalistas constróem a imagem do seu público define a reconstrução midiática dos acontecimentos. Além dos critérios, também as práticas jornalísticas interferem, portanto, de forma radical no modo como as notícias são apresentadas e, conseqüentemente, no enquadramento da realidade fornecida ao público. PALAVRAS-CHAVE: Jornalismo Popular : Práticas Jornalísticas : Brasil
13.               BERNARDES, Cristiane Brum. O Povo e a Política em um Jornal Popular Massivo. (Revista Intexto, Porto Alegre: UFRGS, v. 1, n. 18, p. 1-17, janeiro/junho 2008). RESUMO: A reflexão sobre a representação da política e dos atores políticos em um jornal popular é o objetivo deste artigo. Sob uma perspectiva discursiva do jornalismo, com base no conceito de “Cenário de Representação da Política” (LIMA, 2001), apresentamos a categoria da “representatividade” para detalhar as estratégias discursivas e de produção adotadas pelo Diário Gaúcho, jornal editado no estado brasileiro do Rio Grande do Sul, desde 2000, pela Rede Brasil Sul (RBS). A importância de um veículo destinado às classes populares reside no fato de que o jornalismo popular atende aos desejos de um novo público identificado pela mídia, isto é, incorpora as classes populares urbanas ao mercado consumidor dos bens simbólicos. Entretanto, como cita Albuquerque (1998), marca o advento de um novo tipo de jornalismo de baixo custo, que substitui a opinião política por notícias do cotidiano. PALAVRAS-CHAVE: Jornalismo popular. Eleições. Brasil.
14.               BRITTO & ANDRES. Estratégias e desafios da RBS no cenário digital. (Revista Fronteiras, v. 10, jan/abr 2008). RESUMO: O Grupo RBS é um dos mais importantes conglomerados de comunicação do Brasil. Atento às mudanças sócio-econômicotecnológico- culturais, provocadas especialmente pela instalação das fases monopolista e contemporânea do capitalismo, conquistou hegemonia no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Baseado numa trajetória de gestão empresarial competente, escolhendo as melhores técnicas e opções de geração de lucratividade e expansão econômica, vem conseguindo enfrentar a concorrência, acirrada a partir do final do século XX, com o aumento da oferta de canais de informação. Novos desafios estão por vir a partir de 2008, com a participação direta da Record no estado, desde 2007, e a implantação da TV digital na RBS TV, que deverá trazer transformações significativas no mercado televisivo, demandando investimentos em infra-estrutura e conteúdo. PALAVRAS-CHAVE: economia política da comunicação, Grupo RBS, indústrias culturais.
15.               CERQUEIRA, Antônio Aílton Ferreira. Representações da morte nas capas das revistas semanais Veja e Isto É. (Revista Em Questão, Porto Alegre, v. 13, n. 1, p.73-85, jan/jun 2007). RESUMO: Utilizando-se, principalmente, de conceitos da Teoria dos Discursos Sociais, este artigo investiga a representação da morte nas capas das revistas semanais Veja e IstoÉ, no período de julho de 2004 a julho de 2005. Partindo do princípio de que as capas são espaços privilegiados de produção de sentidos, analisam-se as estratégias discursivas utilizadas pelas revistas na constituição do conceito morte, tema básico para a humanidade. PALAVRAS-CHAVE: Imagem. Morte. Revistas. Análise do discurso.
16.               CERVI, Emerson Urizzi. Como os jornais brasileiros dão visibilidade a temas públicos: uma análise comparativa sobre os assuntos que ocupam as manchetes de periódicos diários de circulação local, regional e nacional. (Revista FAMECOS, Porto Alegre, v. 17 • n. 1, p. 14-27, janeiro/abril 2010). RESUMO: O texto analisa os assuntos selecionados como manchetes de cinco jornais diários brasileiros – Diário dos Campos, Jornal da Manhã, Gazeta do Povo, Folha de São Paulo e o Estado de São Paulo. Trata-se de um estudo comparativo, com objetivo de identificar o que os editores desses periódicos selecionam como a notícia mais importante do dia ao enfatizá-la no espaço de maior visibilidade do jornal. Para tanto, são analisadas as primeiras páginas dos jornais durante três meses. As manchetes estão classificadas quanto ao tema, abrangência, ao uso de citação direta de entrevistados e quanto aos elementos indicadores de valor-notícia nos textos. A partir desses pontos, pretende-se verificar as diferenças e peculiaridades existentes entre os periódicos, e examinar se os jornais de circulação local e regional apresentam significativas diferenças de agendamento temático nas manchetes em relação aos de circulação nacional. PALAVRAS-CHAVE: Manchete, Jornais diários brasileiros, Primeira página.
17.               CORREIA, João Carlos. Jornalismo e realidades múltiplas: o “arrastão” e as representações mediáticas das identidades. (Revista Estudos em jornalismo e Mídia, Ano 2, N. 2, jul/dez 2005). RESUMO: O caso do “arrastão”, verificado em Dez de Junho de 2005 numa praia de Lisboa foi associado às tensões sociais que hoje se verificam na cidade, devido à presença de uma segunda geração de imigrantes. A cobertura mediática foi considerada sensacionalista e reveladora da dificuldade dos media em lidarem com os novos fenómenos identitários. O texto recorre aos principais telejornais portugueses e de alguns dos principais jornais nacionais. A abordagem teórica reside sobretudo na teoria da construção social da realidade. PALAVRAS-CHAVE: Jornalismo, realidades múltiplas, identidades, representações
18.               COUTINHO, Iluska. Lógicas de uso do telejornal: o público como princípio orientador e legitimador dos noticiários televisivos. (Revista ECO-Pós, v.11, n.2, maio/agosto 2008, p. 61-79). RESUMO: A partir da centralidade do Telejornalismo, e de sua forma de estruturar suas narrativas e assim ordenar o mundo representado, a proposta nesse texto é refletir sobre as relações entre emissora e público, que atribuiria legitimidade ao conhecimento produzido e veiculado no âmbito dos noticiários de TV. A partir da proposta de Ekstron de pensar uma epistemologia do telejornalismo, busca-se compreender os mecanismos de validação do discurso telejornalístico no Brasil, assim como seus reflexos na própria percepção que a nação tem de si. As perspectivas de aceitação e reconhecimento do público, princípio orientador e legitimador do Telejornalismo são analisadas a partir de um olhar sobre as lógicas de produção e uso dos noticiários televisivos, assim como seus reflexos sobre a temporalidade social.
19.               CRUZ, Fábio Souza da. Cultura da Mídia no Rio Grande do Sul/Brasil: o caso do MST e Jornal do Almoço. (Revista Intexto, Porto Alegre: UFRGS, v. 2, n. 15, p. 1-16, julho/dezembro 2006). RESUMO: O trabalho apresenta um estudo envolvendo um movimento social – o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) – e a mídia do estado do Rio Grande do Sul, mais especificamente o Jornal do Almoço (JA), noticiário televisivo local que pertence à RBS TV, emissora da Rede Brasil Sul de Comunicação (RBS). São entrevistados membros do Movimento com vistas a colher dados e posicionamentos sobre a forma pela qual o MST se vê no JA . O corpus desta pesquisa é constituído por edições veiculadas pelo JA durante o “Abril Vermelho”, período que caracterizou um mês de manifestações dos mais diversos tipos, anunciadas e realizadas pelo MST no ano de 2004. São adotados os pressupostos teórico-metodológicos de Douglas Kellner e a Pedagogia Crítica da Mídia, e Jesús Martín-Barbero e a perspectiva das mediações. PALAVRAS-CHAVE: Cultura da mídia. Mediações. Movimentos sociais. Telejornalismo.
20.              CRUZ, Fernanda Guimarães. Particularidades da socialização midiatizada televisiva na recepção de adolescentes de instituições de acolhimento. (Revista Fronteiras, v. 09, ago/dez 2007). RESUMO: O presente artigo pretende refletir sobre como se processa, no âmbito da recepção, a socialização midiatizada operada pela televisão em se tratando de adolescentes que vivem em instituições de acolhimento em Porto Alegre. Ao resgatar alguns elementos do fluxo televisivo que se instituem como matrizes de socialização (tendo como mediação desse processo a própria instituição de acolhimento, os grupos de relações e amizades e o habitus), procuro trazer pistas no que se refere às possíveis reconfigurações na identidade desses adolescentes decorrentes das aprendizagens midiáticas. PALAVRAS-CHAVE: midiatização, socialização, adolescentes, recepção, identidade.
21.               CRUZ, Tércia Ferreira. Mídia e segurança pública: a influência da mídia na percepção da violência. (Revista Lumina, V. 2, n. 2, dezembro de 2008). RESUMO: Contextualização do papel da mídia na divulgação de notícias de crimes e violência, e a sua repercussão no sistema de Segurança Pública. Análise da possibilidade de interação entre a Mídia, Segurança Pública e Sociedade. Aplicação da teoria do agendamento (agendasetting), que a partir das notícias veiculadas, influencia as pessoas a se engajar na resolução dos problemas relacionados com a criminalidade e a violência. PALAVRAS-CHAVE: mídia; segurança pública; violência
22.               DAEMON, Flora. Sujeitos do crime e da notícia: casos PCC e Liga da Justiça e as apropriações da arena midiática contemporânea. (Revista Intexto, Porto Alegre: UFRGS, v. 2, n. 23, p. 220- 235, julho/dezembro 2010). RESUMO: Propomos investigar os gestos de apropriação da arena midiática por sujeitos criminosos como emergência do fenômeno de midiatização da sociedade contemporânea. Mais do que autores de trajetórias delinquentes, estes se engajam na produção de relatos sobre si numa campanha midiatizada, cujo objetivo principal é a disputa pelo controle das construções simbólicas a seu respeito. Ao se deslocarem do lugar de receptores de conteúdos informativos, rompem a fronteira da audiência e tornam-se produtores de relatos midiáticos como instrumento de disputa por espaços de produção e transmissão dos relatos midiáticos. Para tanto, elegemos dois eventos emblemáticos – o sequestro do jornalista Guilherme Portanova pelo PCC e a publicação dos vídeos com “entrevistas-defesa” pelo chefe da milícia carioca Liga da Justiça –, para iniciarmos a reflexão a respeito dos efeitos da midiatização também sobre sujeitos. PALAVRAS-CHAVE: Violência. Estudos de Jornalismo. Midiatização. Crime. PCC.
23.               DARDE, Vicente William da Silva. A construção de sentidos sobre a homossexualidade na mídia brasileira. (Revista Em Questão, Porto Alegre, v. 14, n. 2, p. 223 - 234, jul./dez. 2008). RESUMO: O jornalismo, entendido como construtor de sentidos sobre a realidade, é um discurso que deve representar a diversidade de pensamento da sociedade contemporânea. No entanto, as representações dos gays criadas a partir do discurso jornalístico podem determinar e/ou intensificar o processo de marginalização dos homossexuais na sociedade, excluindo-os do exercício da cidadania e contribuindo para o crescimento da homofobia. A partir de uma análise teórica, buscamos contribuir neste artigo para a discussão sobre a construção da homossexualidade pela imprensa brasileira. A busca pelo reconhecimento social, amparada num discurso de conquista da cidadania, será bem sucedida quando a imprensa transformar o caráter arbitrário da cultura dominante na sociedade brasileira em culturas paralelas entendidas como diversidade. PALAVRAS-CHAVE: Jornalismo. Práticas culturais. Homossexualidade.
de Detenção de São Paulo, como propulsor de sua visibilidade e, ao mesmo tempo, difusor de ciladas ideológicas a respeito da prisão e de seus personagens. PALAVRAS-CHAVE: representação, preso e ideologia.
24.               DORNELLES & MODENA. Critérios de noticiabilidade distorcem a realidade de bairros que recebem cobertura da imprensa diária. (Revista FAMECOS, Porto Alegre, n. 33, agosto de 2007) RESUMO: Este trabalho trata das representações possíveis por parte dos cidadãos em relação a um determinado bairro, no qual residem, formadas a partir da leitura de um jornal popular diário, o Diário Gaúcho, e pela leitura de um jornal de bairro, que conta com a participação dos moradores da mesma localidade, o Noticiário. A metodologia parte da Teoria da Representação Social (MOSCOVICI), tendo como técnicas de análise de conteúdo a pesquisa quantitativa e qualitativa, entrevistas, objetivando o levantamento da realidade do local a partir da leitura das edições do Diário Gaúcho de 10 a 17 de janeiro, fevereiro, março e abril de 2006 e as edições de janeiro, fevereiro e abril do jornal de bairro mensal - O Noticiário. PALAVRAS-CHAVE jornal de bairro, Diário Gaúcho e notícia.
25.               DUCCINI, Mariana. Sintoma de nossos tempos: representações do ideal adolescente em matérias sobre parricídio (Revista Rumores, ed. 6, set/dez 2009) RESUMO: Este artigo pretende analisar, em duas reportagens publicadas pela revista semanal de informação Época, no ano de 2002, de que maneira as estratificações sociais, em terminologia de S. Moscovici, respaldam a construção de representações sociais tangentes a um crime de parricídio, mobilizando configurações imaginárias que dizem respeito, sobretudo, a um ideal de adolescência típico de nossos tempos. Considerando-se uma característica inerente à dinâmica dos discursos, qual seja, a de falar em nome de uma vontade de verdade que traduz articulações de um jogo de poder – o poder de instalar significados socialmente aceitos –, o estudo tentará depreender de que maneira tais vontades de verdade se materializam em um discurso midiático, estabelecendo parâmetros de legitimação relativos às práticas e condutas sociais. PALAVRAS-CHAVE: Representações sociais, ideal de adolescência, revistas semanais, parricídio, comunicação.
26.               ENNE, Ana Lucia S. O sensacionalismo como processo cultural. (Revista ECO-Pós, v.10, n.2, julho/dezembro 2007, p. 70-84). RESUMO: O sensacionalismo, em suas diversas manifestações no universo midiático, nos parece, sem dúvida, um lugar fundamental para percebermos a existência de longos processos de mediações culturais. Neste sentido, apresenta-se como um objeto rico para análise sobre o fluxo narrativo do sensacional e a construção do imaginário na modernidade ocidental, bem como suas reapropriações no decorrer da contemporaneidade. No entanto, é ainda um campo insuficientemente explorado, ou pela ausência de uma quantidade expressiva de trabalhos (pois os poucos existentes vêm sendo apresentados de forma esparsa), ou pela presença opressiva do preconceito que, muitas vezes, acompanha o processo de formação do gosto de classe, em que estratégias de distinção tendem a relegar o sensacionalismo à vala do mau gosto e, por conseqüência, do mau objeto reflexivo.
27.               FINGER, Cristiane. Telejornalismo: a câmera oculta e outros dilemas éticos. (Revista FAMECOS, Porto Alegre, n. 34, dezembro de 2007) RESUMO: O presente artigo reflete sobre os (des)caminhos que tem tomado o telejornalismo brasileiro com o uso das chamadas câmeras ocultas. Aparato tecnológico utilizado para obter, sem que os entrevistados saibam, imagens e informações que serão transmitidas pelas emissoras de televisão para milhões de pessoas. Um recurso que põe em risco tanto o profissional quanto a Ética jornalística e que deixa em segundo plano outras técnicas de apuração tão preciosas ao exercício da profissão de informar. PALAVRAS-CHAVE: telejornalismo, ética jornalística e câmeras ocultas.
28.              FLORES & SILVEIRA. A Formulação discursiva no jornalismo científico: construção da visada da captação em um diário popular. (Revista Em Questão, Porto Alegre, v. 16, n. 1, p. 145-162, jan./jun. 2010). RESUMO: O artigo relata uma análise sobre a formulação discursiva operada no discurso científico com vistas à produção do discurso jorna­lístico. Através da aplicação de categorias do discurso científico como jargão científico, precisão/exatidão, neutralidade/afasta­mento e fontes foi possível apontar como se caracteriza o corpus selecionado de treze matérias de saúde de um diário popular. As categorias foram relacionadas com estratégias discursivas como enunciação, referencialidade e tematização de forma a verificar se elas produzem efeitos de credibilidade (visada da informação) ou de dramatização (visada da captação). Chegou-se ao resul­tado de que o jornal popular se utiliza da matriz melodramática e de uma simplificação do jargão científico como estratégia de captação e de sedução de seus leitores. PALAVRAS-CHAVE: Jornalismo científico. Discurso. Matrizes culturais. Jornalismo popular.
29.               FREIRE FILHO, João. Mídia, estereótipo e representação das minorias. (Revista ECO-Pós, v.07, n.2, agosto/dezembro 2004, p. 45-71). RESUMO: Na concepção moderna e liberal do processo democrático, a idéia de representação está associada à delegação de poderes, por meio de votos, a um conjunto proporcionalmente reduzido de indivíduos, na expectativa de que os eleitos articulem e defendam pontos de vistas e interesses dos eleitores. De forma análoga, o termo designa, também, o uso dos variados sistemas significantes disponíveis (textos, imagens, sons) para “falar por” ou “falar sobre” categorias ou grupos sociais, no campo de batalha simbólico das artes e das indústrias da cultura.
30.              FREITAS, Ricardo Ferreira. A subversão pós-moderna e o diabólico Maffesoli: uma breve discussão sobre o mal como essência necessária à mídia contemporânea. (Revista FAMECOS, Porto Alegre, n. 26, abril de 2005). RESUMO: O artigo foi escrito à luz do pensamento de Michel Maffesoli, com inspiração no livro “A parte do diabo”. É um ensaio sobre o polêmico pensamento do autor, que estuda as ciências sociais mesclando o trágico e o banal. Ao desafiar seus leitores e estudiosos a discutir a sociedade contemporânea, Maffesoli conta com o diabo, neste caso, como um companheiro de suas provocações. PALAVRAS-CHAVE: Diabólico, Mídia, Contemporaneidade.
31.               GATICA & PERES-NETO. El discurso sobre las “pandillas latinas” en la prensa española y su impacto en la respuesta político-criminal. (Revista FAMECOS, Porto Alegre, n. 37, dezembro de 2008). RESUMO: O presente estudo procura por um lado, fazer uma sociologia dos discursos midiáticos presentes na esfera pública - sobre delinqüência juvenil e gangues -, buscando identificar os tópicos e arquétipos que contribuem para a associação da “estética latina”, imigrante, com a delinqüência juvenil e, de outro lado, analisaremos os possíveis impactos destes discursos no processo político de reforma penal da Lei Orgânica de Responsabilidade Penal do Menor, assim como seus conseqüentes desdobramentos entre associações de jovens como os Latin Kings, Ñetas, entre outros. PALAVRAS-CHAVE: efeito mediático, análise de conteúdo, gangues.
32.               GUARESCHI, Pedrinho. Assistencialismo Midiático: uma nova estratégia de legitimação social. (Revista Intexto, Porto Alegre: UFRGS, v. 1, n. 16, p. 1-18, janeiro/junho 2007). RESUMO: O artigo é fruto de uma longa investigação sobre recepção da mídia pela população. Foram investigados, através de grupos focais, os seis programas mais assistidos dos seis principais canais de televisão brasileira, no ano de 2003. Eram produzidos compactos dos programas e mostrados a grupos focais, trinta ao todo, constituídos por grupos representativos da população. Entre os principais achados, discutimos neste artigo apenas um que se mostrou central na investigação e que denominamos de “assistencialismo midiático”. Tal conceito procura significar que a razão principal de telespectadores acharem que um canal, um programa, ou um apresentador serem bons e merecerem ser assistidos, deve-se ao fato de eles ajudarem as pessoas. Na discussão e interpretação das informações, esse achado é analisado tendo-se em conta toda a história do Brasil, e a influência dessa cultura e práticas na construção de uma subjetividade dependente, a partir de práticas assistencialistas presentes em todas as dimensões da sociedade. Essa prática se manifesta, hoje, com outra faceta: um assistencialismo midiático, continuando a reproduzir relações de dependência. PALAVRAS-CHAVE: Mídia Brasileira. Assistencialismo Midiático. Ideologia.
33.               HOUDAYER, Hélène. Droga e publicidade: uma visão simbólica. (Revista FAMECOS, Porto Alegre, n. 29, abril de 2006). RESUMO: As condutas de intoxicação apresentam componentes encontrados como argumentos de venda e de comunicação no quadro do esquema publicitário. Dois chamam atenção: a idéia de conduta de risco para fazer emergir a noção de aventura e o recurso às substâncias artificiais para promover um estilo de vida. PALAVRAS-CHAVE: Aventura, Evasão, Intoxicação.
34.               IÓRIO, Vitor. Mídia, Consumo e Violência. (Revista ECO-Pós, v.10, n.2, agosto/dezembro 2006, p. 77-77). RESUMO: Traficante invade a maior favela da América Latina; guerra na Zona Sul carioca. Rebelião em presídio leva detentos a decapitar companheiros de cela. Bandidos fecham a Linha Vermelha e provocam tiroteio. Episódios de violência criminal diariamente são destaques no jornalismo brasileiro e se desdobram em imagens, opiniões, pesquisas e estatísticas. Além de responderem pela elevação automática dos índices de audiência, promovendo espetáculos dramáticos de alto retorno comercial, a exposição midiática destes crimes ainda serve para legitimar a existência dos aparelhos repressivos do Estado, que imediatamente se apresentam para anunciar o reaparelhamento da polícia, a alocação de novos recursos no setor de segurança pública e a configuração de uma imagem nova da força policial.
35.               JORGE, Thais de Mendonça. Mcdonaldização no jornalismo, espetacularização da notícia. (Revista Estudos em Jornalismo e mídia, ano 5, v. 1, jan/jun 2008). RESUMO: O conceito de mcdonaldização, proposto neste trabalho, se baseia nos princípios da homogeneidade e da velocidade aplicados ao processo jornalístico, notadamente o jornalismo digital. Isso resulta em textos estandardizados, pasteurizados, superficiais, sem aprofundamento, culminando naquilo que denominamos jornalismo binário. O jornalismo binário seria o jornalismo reduzido à sua mínima essência, sem o cuidado de “ouvir o outro lado” ou de conferir as fontes. Temos, assim, duas hipóteses: 1) a mcdonaldização é um fenômeno que incide sobre o jornalismo e afeta as notícias; e 2) o jornalismo binário é conseqüência, levando a um produto de menor qualidade. Paralelamente, tecemos o argumento de que a espetacularização seria um recurso que encontra no jornalismo digital (mcdonaldizado) as condições para sua inserção no mundo das notícias. PALAVRAS-CHAVE: Mcdonaldização, Jornalismo digital, Jornalismo on-line, Produção da notícia, Espetáculo.
36.               JORON, Philippe. Fenomenologia da Televiolência. (Revista FAMECOS, Porto Alegre, nº 25, dezembro 2004). RESUMO: Neste artigo o autor analisa, dentro de uma abordagem antro­po-sociológica e fenomenológica, a representação da violência na mídia televisual brasileira, cujas técnicas de visualização apresentam formatos intimistas e passionais ou mesmo pre­conceituosos e agressivos. O objeto se torna assim seu próprio método de encenação. PALAVRAS-CHAVE: Fenomenologia, Televiolência, Informação/Entretenimento.
37.               KARAM & SCHMITZ. A ética de lado a lado: fontes de notícias e jornalistas frente a frente. (Revista Intexto, Porto Alegre: UFRGS, v. 2, n. 23, p. 171-182 julho/dezembro 2010). RESUMO: Este artigo confronta a ética das fontes de notícias com a deontologia dos jornalistas. Os protagonistas são colocados frente a frente para apurar as responsabilidades, os conflitos, direitos, equívocos e, inclusive, as promiscuidades. Além do diálogo entre autores, confere-se nos manuais de redação e ética dos principais jornais brasileiros – Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo e Zero Hora – como tratam essa relação. PALAVRAS-CHAVE: Jornalismo. Ética. Fonte de notícias.
38.              KLEIN, Alberto. Imagem como Campo de Tensão: o uso e estratégias de imagens midiáticas pós 11 de setembro. (Revista Intexto, Porto Alegre: UFRGS, v. 1, n. 18, p. 1-13, janeiro/junho 2008). RESUMO: As tensões entre ocidente Cristão e Oriente Islâmico, deflagradas pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, expressam-se sobremodo nas imagens midiáticas. Este trabalho pretende apontar formas de expressão, usos e estratégias de reafirmações culturais e destruições simbólicas, em um universo dominado pelo valor de visibilidade midiática. Como aporte teórico, a análise se vale das contribuições da semiótica da cultura de Ivan Bystrina, além de referências ao pensamento de Jean Baudrillard e Bruno Latour. PALAVRAS-CHAVE: Imagem. Mídia. Terrorismo.
39.               LACERDA, Juciano de Souza. Responsabilidade Social da mídia e segurança pública (Comunicação e Informação, v. 10, n. 2, p. 34-42. jul./dez. 2007). RESUMO: Propomos neste texto a reavaliação do conceito de responsabilidade social, principalmente quando é apropriado pelas empresas jornalísticas e de entretenimento midiático, no que diz respeito ao problema da concentração dos meios, fortalecimento do entretenimento e da liberdade de “empresa” contra a liberdade de expressão. O resultado é uma cobertura jornalística sobre os fatos da criminalidade e violência em que não se distingue o que “interessa ao público” do que é de fato de “interesse público. PALAVRAS-CHAVE: jornalismo, mídias, responsabilidade social, segurança pública.
40.              LIMA, Venício. Concessões de rtv: serviço público vs. interesse privado. (Revista ECO-Pós, v.11, n.1, janeiro/abril 2008, p. 119-127). RESUMO: O texto apresenta uma pequena lista comentada de normas e procedimentos regulatórios das concessões de radio e televisão aberta que, historicamente, têm contribuído para a perpetuação da prevalência de interesses privados na execução deste serviço público em nosso país.
41.               MAIA, Aline Silva Correa. Televisão, Telejornalismo e Juventude: o que jovens da periferia pensam sobre o Jornal Nacional? (Revista Estudos em Jornalismo e mídia, ano 6, v. 2, jul/dez 2009). RESUMO: Este artigo apresenta uma reflexão acerca do que alunos do ensino médio de uma escola pública da periferia de Juiz de Fora, MG, pensam sobre o Jornal Nacional. Em uma sociedade com escasso hábito de leitura, o noticiário televisivo ganha status de local de orientação, ao qual homens e mulheres recorrem a fim de obter informações para compreender seu cotidiano. Uma vez que o JN propõe-se a contribuir para o dia-a-dia do cidadão brasileiro, decidimos averiguar sua recepção entre a juventude da periferia. A partir da análise de 283 questionários e de depoimentos colhidos em um grupo de discussão, concluímos que os jovens veem no principal telejornal da Rede Globo um meio eficaz de informação sobre o Brasil e o mundo, mas frágil no que diz respeito ao que realmente compõe o cotidiano juvenil da periferia PALAVRAS-CHAVE: Televisão, Telejornalismo, Juventude, Representação, Cidadania.
42.               MAROCCO, Beatriz. Violência e Exclusão na Ficção Jornalística. (Revista Intexto, Porto Alegre: UFRGS, v. 2, n. 2, p. 1-9, julho/dezembro 1997). RESUMO: À semelhança da ficção, o jornalismo alterna elementos descritivos e narrativos, dando às "falas" de fontes e ao acontecimento uma materialidade que recorta o tempo em unidades descontínuas. O jornalista transpõe o tempo cronológico, declara-se onipotente sobre múltiplos pontos de vista, insere-se como uma subjetividade - geralmente ocupando a impessoalidade - e apaga características do indivíduo, no caso de nosso estudo o excluído, transformando-o em personagem. PALAVRAS-CHAVE: Jornalismo. Ficção. Narrativa.
43.               MEDEIROS, ALVES & MENEZES - Jornalismo Investigativo e Policial: os bastidores da produção jornalística de assassinatos em série e crimes que abalaram a sociedade (Revista Anagrama, Ano 3, ed. 2, dez/09 - fev/10). RESUMO: O presente artigo foi elaborado por uma equipe de acadêmicos do curso de Comunicação Social – Jornalismo do Centro Universitário Franciscano/UNIFRA-RS. O trabalho é resultado de um estudo desenvolvido para a disciplina de Projeto Experimental em Televisão, produzido a partir de conceitos de jornalismo investigativo e policial. A pesquisa foi realizada para viabilizar a produção de uma série de três reportagens, para televisão, sobre assassinatos em série e crimes que abalaram a sociedade, abordando a construção da notícia veiculada para a televisão. Entende-se que para tornar público qualquer reportagem investigativa, é preciso ter por base uma série de mecanismos que tornem praticamente impossível a eventualidade de se publicar algo que atinja injustamente a reputação de alguém ou alguma entidade. PALAVRAS-CHAVE: Televisão; Reportagem; Jornalismo Investigativo.
44.               MEDEIROS, Magno. Violência da mídia, tecnorracionalismo e cidadania (Comunicação & Informação, v. 12, n.1: p. 16-26 - jan./jun. 2009) RESUMO: O texto discute a relação entre mídia e cultura da violência, abordando as possíveis formas de impacto junto à sociedade. A violência na/da mídia deve ser pensada, sobretudo, a partir da atual cultura midiática e do atual ambiente tecnorracionalista. Entendendo-se por tecnorracionalismo todo um conjunto complexo e articulado de valores, símbolos, ideologias e conceitos cultivados, cultuados e irradiados pelos meios de comunicação contemporâneos. Trata-se, pois, do aparato socioestrutural que promove a dissolução gradual e persistente das potencialidades do sujeito comum. Nessa teia ou rede de valores, constrói-se a cultura da violência. Vivemos, hoje, uma cultura que naturaliza a violência. O artigo aborda, assim, questões como a espetacularização do real, a banalização da violência, a repetição e a saturação do sentido.
45.               MELLO, Carlos Brito. O espetáculo e a vida infame em Ônibus 174. (Revista ECO-Pós, v.09, n.2, agosto/dezembro 2006, p. 139-153) RESUMO: Tomemos um instrumento de desenho ou escrita. No suporte utilizado, uma folha de papel, delineamos um retrato, tornando manifesto o conjunto de atributos que o modelo à nossa frente apresenta: a juventude, a serenidade ou o vigor, a raça e a cor. Na extremidade oposta à ponta do lápis – afastado, portanto, do suporte no qual o retrato se inscreve – esboça-se não um desenho, mas um desenhar, puro movimento sem fixação que nossa mão produz. A ação pura de desenhar, em que a gestualidade não resulta imediatamente em imagem, configura um espaço em que o traço ainda não é: uma reserva, uma espera que nos retira da posição de observador ou voyeur, e nos torna videntes (Deleuze, 1992:198). Ao mesmo tempo em que ocorre concomitante à fabricação do retrato na folha de papel, o estoque infinito e indecifrável de traços possíveis apresenta-se como uma abertura ao futuro, à virtualidade, a uma escuridão noturna ainda não aclarada pela atualização em formas reconhecíveis. Ao devir, ao acontecimento: “O devir-ilimitado torna-se o próprio acontecimento, ideal, incorporal, com todas as reviravoltas que lhe são próprias, do futuro e do passado, do ativo e do passivo, da causa e do efeito”(Deleuze, 2000:9).
46.               MOREIRA, Fabiane Barbosa. Fato jornalístico e Fato Social. (Revista Em Questão, Porto Alegre, v. 10, n. 2, p. 275-285, jul./dez. 2004). RESUMO: Foram comparados os conceitos de fato jornalístico e fato social, com o objetivo de ampliar a discussão sobre a natureza e as propriedades do primeiro. A seguir, foram analisados alguns aspectos relativos aos fatos que aparecem em matérias jornalísticas. Finalmente, formularam-se hipóteses que podem dar origem a novas reflexões sobre a relação entre fatos jornalísticos e fatos sociais. PALAVRAS-CHAVE: Jornalismo. Teoria do Jornalismo. Fato Jornalístico. Fato Social.
47.               MORETZSOHN, Sylvia. “O crime que chocou o Brasil”: Mídia, Justiça e Opinião pública na primeira fase do caso Isabella Nardoni .(VI Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo, UMESP, 2008). RESUMO: A partir da análise de um caso criminal de enorme repercussão – o assassinato da menina Isabella Nardoni, em São Paulo –, este artigo pretende demonstrar como a mídia, em especial a televisão, contribui para a rejeição pública de princípios clássicos do Estado democrático de direito, suprimindo a etapa judicial do processo para satisfazer-se com as conclusões do inquérito policial, de modo que, para todos os efeitos – isto é, para os efeitos que importam, do ponto de vista da relação da mídia com sua audiência –, o caso é encerrado com a rapidez que convém ao “clamor público” e à produção de informações em “tempo real”. A análise da cobertura da TV Globo, a maior rede de televisão do país, permitirá verificar uma série de elementos discursivos utilizados em favor da versão da polícia e da promotoria, que colaboraram para o prejulgamento dos acusados. Subsidiariamente, o artigo indica um dado capaz de sustentar a hipótese de uma pesquisa recém-iniciada pela autora a respeito da influência da mídia nas decisões judiciais. PALAVRAS-CHAVE: Telejornalismo – tempo real – justiça
48.              NEGRINI & TONDO. O apresentador-espetáculo: o discurso de José Luiz Datena. (Revista Estudos em Jornalismo e mídia, ano 4, v. 1, jan/jun 2007). RESUMO: O objetivo deste estudo é analisar o discurso do apresentador José Luiz Datena do Brasil Urgente da Rede Bandeirantes. O jornalista, no decorrer programa, tem postura opinativa, mostrando-se capaz de julgar os principais acontecimentos sociais e as atitudes das autoridades competentes. A espetacularização e a dramatização fazem parte do cotidiano do Brasil Urgente e se misturam às práticas jornalísticas. A postura eloqüente de Datena dá subsídios para que possamos considerá-lo um exemplo vivo de espetáculo. A Análise do Discurso francesa foi tomada como suporte metodológico deste trabalho. Como objeto de estudo, analisamos uma edição do programa, que foi ao ar no mês de maio de 2006. PALAVRAS-CHAVE: Jornalismo televisivo, Espetacularização, Discurso jornalístico
49.               NEGRINI, Michele. A exaltação do espetáculo no Linha Direta. (Revista Estudos em Jornalismo e mídia, ano 5, v. 1, jan/jun 2008). RESUMO: Na atualidade, a espetacularização é presença constante na televisão e um dos notáveis ingredientes da programação midiática. A espetacularização e a dramatização fazem parte de uma diversidade de programas que constam na grade de jornalismo das emissoras, entre eles o Linha Direta da Rede Globo. O objetivo deste artigo é refletir sobre a espetacularização midiática, com foco na observação da forma como a morte, criminosos e vítimas são apresentados no Linha Direta. Como objeto, verificamos cinco edições do programa, que foram ao ar durante os meses de outubro e novembro de 2004. Não foram levadas em consideração as edições especiais do Linha Direta Justiça. O artigo tem como eixo algumas idéias básicas da análise do discurso de linha francesa. PALAVRAS-CHAVE: Espetacularização, Jornalismo televisivo, Morte, Criminosos, Vítimas.
50.              NEGRINI, Michele. Autoridades sob o olhar de Datena: uma análise do discurso do programa Brasil Urgente. (Revista Rumores, ed. 2, jan/jun 2008). RESUMO: O objetivo deste estudo é fazer uma reflexão sobre o discurso do apresentador José Luiz Datena do Brasil Urgente da Rede Bandeirantes. Datena, durante a apresentação do programa, tem uma postura opinativa, capaz de analisar e julgar as atitudes das autoridades competentes e os acontecimentos da sociedade. No decorrer do Brasil Urgente, o apresentador enfatiza ao público as suas opiniões acerca dos fatos e expõe os detalhes mais íntimos da vida das pessoas envolvidas nos casos apresentados. Tais evidências no Brasil Urgente o tornam um objeto rico para estudos. Tomamos como suporte metodológico a análise do discurso de linha francesa. Como objeto de pesquisa, analisamos uma edição do programa, que foi ao ar no mês de maio de 2006 PALAVRAS-CHAVE: Análise de discurso; produção de sentidos; espetacularização
52.               NJAINE e MINAYO. Análise do discurso da imprensa sobre rebeliões de jovens infratores em regime de privação de liberdade.( Ciência & Saúde Coletiva, 7(2):285-297, 2002) RESUMO: Este trabalho apresenta uma análise qualitativa da informação produzida pela imprensa escrita sobre as rebeliões e fugas de adolescentes em conflito com a lei, no Rio de Janeiro. Seu objetivo é identificar como esse sujeito social é apresentado pela mídia escrita à sociedade. O método utilizado para o aprofundamento das mensagens é a análise de discurso, que embora compreenda várias vertentes teóricas e técnicas, aqui é abordado dentro da proposta de Norman Fairclough. O estudo da abordagem de três jornais sobre rebeliões de internos infratores se justifica em função da freqüência e da forma como a mídia tem destacado o tema. As conclusões apontam para o papel da mídia no fortalecimento da visão negativa e incriminadora dos jovens, que pode contribuir com ações mais violentas contra esse grupo. Muito raramente revela as questões sociais, institucionais e de inadequação pedagógica que permeiam tais eventos. PALAVRA-CHAVE: Análise de discurso, Mídia impressa e violência, Adolescente infrator, Crescimento e desenvolvimento, Fatores de risco.
53.               OLIVEIRA-CRUZ, Milena C. Bezerra Freire de. Morro, logo existo: a morte como acontecimento jornalístico. (Revista Estudos em Jornalismo e mídia, ano 5, v. 1, jan/jun 2008). RESUMO: Considerando as significações da cultura presentes no interior das práticas sociais cotidianas e a comunicação como espaço privilegiado para esta observação, este artigo se propõe a traçar um caminho que percorre as diversas elaborações da morte como elemento expressivo na constituição do humano e do social, cujos sentidos se formulam, explicitam e circulam na enunciação das narrativas jornalísticas. Para reconhecer as tramas que compõem estas relações, faz-se necessário observar a concepção do homem como ser de cultura e ciente de sua finitude, bem como entender as relações e conseqüências desta consciência em sua organização social e orientação individual. A partir destas considerações, então, o artigo busca observar a participação da comunicação como instância que elabora, inscreve e reorganiza sentidos fundamentais para a construção da vida social. PALAVRAS-CHAVE: Jornalismo, Morte, Processos sociais.
54.               PAGANOTTI, Ivan - Sedimentação, erosão, abalos e erupção de imagens: Reprodução e transformação de representações sociais na narrativa jornalística. (Revista Estudos em Jornalismo e mídia, ano 6, v. 2, jul/dez 2009). RESUMO: O artigo propõe um entrelaçamento entre a análise de discurso crítica de Fairclough, a teoria das representações sociais de Moscovici e a semiosfera de Lotman. Sugere-se classificar a construção de sentido textual presente em narrativas jornalísitcas como reprodução (a “sedimentação” de estereótipos), dúvida (a “erosão” de pressupostos), negação (“abalos” nas bases da semiosfera) ou criação (“erupções” de novas idéias) de representações sociais. PALAVRAS-CHAVE: Representações sociais, Narrativa jornalística, Identidade.
55.               PALMA, Daniela. Margens de dentro: submundos urbanos em filmes brasileiros. (Revista Fronteiras, v. 10, jan/abr 2008). RESUMO: O submundo povoa o imaginário urbano. Espaço que se relaciona à decadência e ao desregramento, habitado por homo sacer, funciona como contraponto ao ideal de cidade civilizada. O presente artigo propõe um exame de duas narrativas cinematográficas contemporâneas – Amarelo Manga (2003) e Cidade Baixa (2005) – ambientadas nos centros degradados de Recife e Salvador. Para isso, alterna análises estruturais e discussões a partir dos sentidos mais aparentes dos filmes. Nesses estudos, ganham relevo questões de identidade, fundadas no campo político. PALAVRAS-CHAVE: cinema, cidade, identidade.
56.               PARZIANELLO, Geder. A violência midiática como condição de emergência de sinais de angustia. (Revista Caligrama, v. 4, n. 1, jan/abr 2008). RESUMO: No tratamento psicanalítico da angústia, o objetivo terapêutico é o alívio, o fim do sofrimento ou o apaziguamento de que tratava Freud. Este artigo apresenta a compreensão psicanalítica sobre a angústia para, através dela, compreender o lugar da violência midiática como espaço terapêutico. O sofrimento neurótico da angústia permite pensar que o mundo não é mais violento porque mais real, mas justamente o contrário. Estados de angústia acabam por revelar a estrutura das fantasias, do medo, da eternidade, da não-morte, a tal ponto que diante da violência no Outro possamos nos sentir mais próximos de nós mesmos. PALAVRAS-CHAVE: psicanálise, jornalismo, violência.
57.               PEDROSO & GUARESCHI. A representação do preso em Estação Carandiru. (Revista FAMECOS, Porto Alegre, v. 17, n. 1, p. 94-111, janeiro/abril, 2010). RESUMO: A Casa de Detenção de São Paulo, conhecida pelo nome do bairro onde se localizava, o Carandiru era o maior conjunto prisional da América Latina. Em 02 de outubro de 1992, a Casa de Detenção sofreu o trágico episódio que ficaria conhecido mundialmente como o “Massacre do Carandiru”. Diante da inegável exposição da miséria humana, no dia 08 de dezembro de 1992 parte do Complexo do Carandiru, após ter sido progressivamente desativado, foi implodido. Em 1999, o médico Drauzio Varella lançou o livro “Estação Carandiru”, contando sua experiência de 12 anos como médico na Casa de Detenção. A proposta do presente trabalho é tentar problematizar as ideias que integram a obra de Drauzio Varella como prováveis ratificadoras do massacre e naturalizadoras do sistema prisional. Há, neste trabalho, uma tentativa de incursão no conteúdo do livro “Estação Carandiru”, tomando-o como um dos elementos cruciais na história da Casa
58.              PENKALA, Ana Paula. Notícias de um documentário particular. Os sentidos do real em um documentário brasileiro. (Revista Em Questão, Porto Alegre, v. 14, n. 1, p. 75 - 88, jan./jun. 2008). RESUMO: O presente artigo apresenta uma discussão e análise a respeito da construção dos sentidos de real no documentário brasileiro de 1999 Notícias de uma guerra particular, dirigido por João Moreira Salles e Kátia Lund. Para dar conta de tal projeto, trago um marco teórico que articula os campos jornalístico e documental, e busco referencial nas teorias sobre imagem/cinema. O esquema metodológico utilizado para a análise proposta é o da Análise de Discurso de linha francesa. Esta pequena pesquisa trabalha sobre dois eixos principais de sentidos: o real do registro e o real do registrado. Os eixos constituem-se nas formações discursivas que guiam a análise aqui apresentada e também servem como hipóteses para o problema de pesquisa. PALAVRAS-CHAVE: Real. Documentário. Brasileiro.
59.               PEREIRA JR., Alfredo E. Vizeu. Jornalismo e representações sociais: algumas considerações. (Revista FAMECOS, Porto Alegre, n. 30, agosto de 2006). RESUMO: Este artigo tem como objetivo estabelecer aproximações entre a teoria das representações e os estudos da notícia. Consideramos que as conexões entre os dois campos oferecem possibilidades teóricas para as pesquisas que se preocupam como, na atividade diária, os jornalistas contribuem para a construção de representações da cultura, da economia e da política. Em resumo, investigações que tratam o campo jornalístico como um lugar de construção do real. PALAVRAS-CHAVE: Jornalismo, Notícias, Representações sociais.
60.              PEREIRA JR., Alfredo Eurico Vizeu .Telejornalismo: cotidiano e lugar de segurança. (Revista Estudos em jornalismo e Mídia, Ano 3, N. 1, jan/jun 2006). RESUMO: Este trabalho tem como objetivo apresentar algumas questões para reflexão sobre as relações entre jornalismo e cotidiano, como os noticiários televisivos contribuem para homens e mulheres verem, perceberem, conceberem e vivenciarem o mundo. A nossa hipótese é que os telejornais funcionam como uma espécie de lugar de segurança no mundo da vida. Nossa preocupação é apresentar algumas pistas para entender como a televisão se constitui num lugar de familiaridade e tranqüilidade no dia-a-dia. PALAVRAS-CHAVE: Telejornalismo, cotidiano e lugar de segurança.
61.               PORCELLO, Fábio A. C. Mídia e poder: o que esconde o brilho luminoso da tela da TV? (Revista FAMECOS, Porto Alegre, n. 31, dezembro de 2006). RESUMO: A televisão é a versão moderna da praça pública na qual a sociedade se encontrava na Grécia Antiga. A tela luminosa da TV representa a Ágora. Mas não se trata de uma simples substituição. As cores, formas, imagens, palavras, sons e silêncios, através da televisão, ajudam a construir o imaginário social. A TV é hoje o espaço público onde a vida acontece. E, através dessa lente de observação, se tentará avaliar a influência política da televisão no Brasil contemporâneo. PALAVRAS-CHAVE: televisão, mídia e poder.
62.               PORTELA JR., Aristeu - Para Compreender a Sociedade Espetacularizada: revisitando o pensamento de Guy Debord. (Revista Anagrama, Ano 2, ed. 3, março/maio 2009). Resenha de: GUTFREIND, Cristiane Freitas; SILVA, Juremir Machado da. Guy Debord: antes e depois do espetáculo. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2007. RESUMO: Esta resenha busca traçar comentários críticos a artigos contidos no livro “Guy Debord: antes e depois do espetáculo”, lançado em 2007 pelos pesquisadores Cristiane Freitas Gutfreind e Juremir Machado da Silva. Aponta certas inconsistências que têm marcado o uso corrente da noção de espetáculo e, no confronto com alguns dos textos em questão, busca advogar a necessidade de se revisitar o pensamento de Guy Debord e do marxismo ocidental para se compreender as sociedades contemporâneas, marcadas por um estágio da acumulação capitalista em que a reprodução constante de imagens midiáticas e a sistematização do cotidiano com vistas ao consumo desempenham um papel essencial. PALAVRAS-CHAVE: Guy Debord; Marxismo Ocidental; Espetáculo.
63.               RAMOS, Roberto. Sensacionalismo do Jornal O Sul. (Revista FAMECOS, Porto Alegre, nº 28, dezembro 2005). RESUMO: O jornal O Sul parece, à primeira vista, não ter nada a ver com o sensacionalismo. Todavia, publicou 16 matérias do Caso Richthofen, em 2002 e 2003. Como podemos compreender e explicar o seu estilo discursivo? PALAVRAS-CHAVE: Discurso, Semiologia e Sensacionalismo.
64.               REIS & MAIA. Do pessoal ao político-legal: estratégias do jornalismo para enquadrar os movimentos gays. (Revista FAMECOS, Porto Alegre, n. 30, agosto de 2006). RESUMO: Este artigo busca compreender as conseqüências da mobilizações dos movimentos GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais Transgêneros) para a introdução de novos temas na esfera de visibilidade constituída pelos media. Problematiza-se, em particular, a construção de enquadramentos pelos jornalistas, em relação às práticas dos atores sociais com metas, interesses ou mensagens conflitantes. Como jornais e revistas informativas de grande alcance lidam com questões controversas que envolvem esse coletivo? PALAVRAS-CHAVE: Mídia, Jornalismo, GLBT.
65.               RENARD, Jean-Bruno. Rumores e violência. (Revista FAMECOS, Porto Alegre, n. 29, abril de 2006). RESUMO: Este artigo examina as relações entre uma forma específica de comunicação, o rumor, e a violência. A maioria dos rumores são “negros”, quer dizer que eles relatam as situações que são, de uma maneira ou de outra, violentas: acidentes, agressões, penúrias, escândalos, etc. Esses rumores narrativos que são as lendas urbanas exprimem de maneira fantasiosa o sentimento de insegurança dos nossos dias. PALAVRAS-CHAVE: Violência, Rumores, Rebeliões.
66.               ROCHA, Simone Maria. Debate público e identidades coletivas: a representação de moradores de favela na produção cultural brasileira. (Revista Intexto, Porto Alegre: UFRGS, v. 1, n. 14, p. 1-21, janeiro/junho 2006). RESUMO: O propósito deste artigo é discutir sobre as possibilidades que a televisão brasileira pode oferecer na contribuição para o debate público e para a construção de identidades coletivas, indo além do que é tradicionalmente veiculado no jornalismo. Queremos evidenciar e argumentar que outras produções e gêneros mediáticos podem, sim, possuir conteúdo político e promover reflexões e discussões de assuntos e temas de natureza e interesse coletivos, ao apresentar novas temáticas, interesses e formas de intercâmbio, inclusive daqueles sujeitos que sofrem exclusão social e falta de reconhecimento. A partir de material já analisado, este texto traz um exemplo empírico, qual seja, a minissérie Cidade dos Homens , exibida pela Rede Globo desde 2002. PALAVRAS-CHAVE: Debate público. Representação. Moradores de favela.
67.               ROCHA, Simone Maria. Análise de conteúdo articulada à análise de gênero televisivo: proposta metodológica para interpretação das representações nas narrativas mediáticas (Revista Fronteiras, v. 10, mai/ago 2008). RESUMO: Esse artigo tem como objetivo apresentar a proposta metodológica e os resultados da pesquisa “Comunicação, cultura e política: dimensões da representação”, na qual buscamos captar quais são as posições dos sujeitos moradores de favelas construídas em narrativas de diversos gêneros televisivos. Partindo do pressuposto de que a televisão é uma importante dimensão da vida social, procuramos desvendar suas produções a partir de uma abordagem metodológica que articula análise de conteúdo, uma faceta quantitativa, com análise de gênero televisivo, de viés mais qualitativo com vistas a compreender os modos de apresentação desses sujeitos sugeridos pelas narrativas. O corpus aqui analisado foi composto por quatro programas exibidos pela Rede Globo de Televisão: Central da Periferia (2006); Linha Direta (2004), Globo Repórter (2004) e Cidade dos Homens (2002). PALAVRAS-CHAVE: análise de conteúdo, análise de gênero televisivo, moradores de favelas, programas televisivos, representação.
68.              SANTANA, Adriana. As representações sociais e a auto-imagem do jornalista. (Revista Estudos em Jornalismo e mídia, ano 5, v. 2, jul/dez 2008). RESUMO: O fazer jornalístico, mais notadamente a profissão de jornalista, está presente no imaginário coletivo através de uma série de estereótipos e classificações. O objetivo deste artigo é apresentar um primeiro delineamento da construção do imagético da figura do jornalista através das descrições outorgadas pelo próprio campo, fruto de uma auto-definição: os jornalistas por eles mesmos. Com o intermédio da noção de representações sociais, pretende-se compreender não apenas como os jornalistas se vêem e interpretam, mas também se e de que modo retratam as dualidades presen¬tes no modus operandi da atividade. PALAVRAS-CHAVE: Auto-imagem dos jornalistas, Representações sociais, Teorias do jornalismo.
69.               SANTI & AMARAL. O Jornal Zero Hora pelos Sem-terra e as representações no ato da leitura. (Revista Verso e Reverso, v. 24, jan/abr 2010). RESUMO: Buscamos, além de identificar as posições de decodificação predominantes, mapear as representações mobilizadas pelos agricultores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-terra (MST), no momento da leitura, quando analisadas as notícias veiculadas pelo Jornal Zero Hora (ZH) que pautam a questão agrária e/ou as ações do próprio MST. Tal exame se baseia nos fatos, reportados por ZH, ocorridos no período de 12/04 a 21/05/2008 acerca da ocupação e desocupação da Fazenda Southall em São Gabriel/ RS. Para tanto, promovemos primeiro a delimitação do conceito de representação, relacionando-o ao jornalismo e às notícias e depois, junto com a caracterização do jornal Zero Hora e do MST, apresentamos as considerações referentes às posições de decodificação e às representações que o Jornal Zero Hora faz circular sobre a questão agrária na versão dos Sem-terra. PALAVRAS-CHAVE: codificação e decodificação, representações, questão agrária.
70.              SANTI, Vilso Junior. A Semiótica Social, os Estudos em Jornalismo e os Diários Secretos do MST ( Revista ícone, v. 12 n.2 dez/2010). RESUMO: Analisar a partir dos pressupostos da Semiótica Social a reportagem especial “Diários Secretos do MST”, publicada pelo Jornal Zero Hora em 18/05/2008, é nesse trabalho nosso objetivo central. Tal empreendimento carrega consigo a ambição genética de emprestar maior riqueza às análises linguísticas acerca dos Estudos de Jornalismo. Nele, tomamos o texto jornalístico como multimodal e procuramos prestar especial atenção aos diferentes sistemas semióticos que, em interação e/ou correlação, acabam por construir a notícia apresentada aos leitores. Para tanto, tratamos de delinear sequencialmente os fundamentos da Semiótica Social; as definições próprias de texto na abordagem; o MST no texto do Jornal Zero Hora; e as formas de intercâmbio entre os diversos sistemas semióticos. PALAVRAS-CHAVE: Semiótica Social; Estudos de Jornalismo; Sistemas Semióticos; Texto Multimodal; MST.
71.               SANTOS & CASTRO. TJRS e UniTV são parceiros em Justiça Gaúcha: as estratégias semiológicas de um discurso midiático. (Revista Em Questão, Porto Alegre, v. 16, n. 2, p.87 - 102, jul./dez. 2010). RESUMO: A midiatização é a nova natureza sócio-organizacional da socie­dade. Como reflexo disso, os três poderes do Estado têm bus­cado legitimar sua ações e sua representatividade social através de diversos aportes na mídia eletrônica e virtual. Por meio de pesquisa bibliográfica e aplicação das teorias da enunciação, buscamos verificar como os efeitos de sentido presentes no discurso televisivo são determinantes na tentativa de prospec­tar um público enquanto promovem o dispositivo. A análise da notícia de lançamento do Justiça Gaúcha, veiculada pelo pró­prio telejornal, possibilitou a identificação da proposta de um contrato de leitura ao telespectador ancorada em elementos de autorreferencialidade midiática. PALAVRAS-CHAVE: Estratégias de midiatização. Teorias da enun­ciação. Discurso televisivo auto-referencial. Justiça Gaúcha. UniTV.
72.               SANTOS & LOPES - A Representação dos Negros na Rede Globo e na TV Brasil na Semana do “Dia Nacional da Consciência Negra” (Revista Eco-Pos, v. 13, n. 2 (2010), dossie, p. 85-105) RESUMO: Este artigo analisa as diferentes perspectivas da cobertura da Semana do “Dia Nacional da Consciência Negra”, do ano de 2009, feita pela Rede Globo de Televisão, uma emissora privada, e pela TV Brasil, uma emissora pública. Demonstra-se como os negros foram representados nessas duas emissoras durante a semana de uma das datas mais importantes para o Movimento Negro, o dia 20 de novembro. Data construída por esse movimento, em homenagem ao herói negro Zumbi dos Palmares, que simboliza a luta dos negros por igualdade de direito e de fato na sociedade brasileira. Ver-se-á que a TV Brasil dedicou parte significativa da sua programação, entre 14 e 21 de novembro, a temas que abordavam diversos aspectos sobre a população negra, suas ações e sua participação na sociedade brasileira. Na Rede Globo, ao contrário, somente em dois programas foram exibidos temas relacionados ou correlatos ao “Dia Nacional da Consciência Negra”. PALAVRAS-CHAVE: meios de comunicação; televisão; entretenimento; “Dia Nacional da Consciência Negra”.
73.               SILVA & GRUPILLO. Crime e razão: As raízes culturais da violência simbólica no Brasil (Revista Comunicação e Espaço Público, ano 06, n°s 1 e 2, 2003) RESUMO:O objetivo deste trabalho é discutir as raízes culturais que permitem uma relação aceitável, em nossa sociedade, com práticas sociais da violência. Para nós, no entanto, estas práticas serão percebidas como toda manifestação do espírito, não limitado à perspectiva de uma ação, que não pode ser pensada filosoficamente, à medida de uma ontologia moral, como dotada de significado em si mesma, ou melhor, não desejável por si mesma. A dimensão empírica que justifica a intuição a priori dessa identidade mostra-se de tal porte, que seria irrecusável aguçar os esforços por interpretações elaboradas e cautelosas da mesma. Assim, alguns elementos dessa gênese cultural serão abordados e destas interpretações a dimensão dos apontamentos estarão sendo colocados em evidência.
74.               SILVA, Alexandre Rosa da . Produção jornalística da sexualidade - como a FSP midiatizou os debates sobre a União Civil Homossexual no Brasil (Revista Verso e Reverso, v. 23, jan/abr 2009). RESUMO: Produção jornalística de sexualidades apresenta resultado de pesquisa realizada nos arquivos do jornal Folha de São Paulo durante o ano de 1997, ano em que se iniciaram os debates parlamentares sobre União Civil Homossexual no Brasil. São analisados os códigos que regulamentam os regimes de signos de sexualidade hegemônica e as potências dispersivas que agenciam a constituição de cartografias de sexualidades em devir.
75.               SILVA, Gislene. O fenômeno noticioso: objeto singular, natureza plural (Revista Estudos em Jornalismo e mídia, ano 6, v. 2, jul/dez 2009). RESUMO: Do que é feita a matéria do Jornalismo? Mais precisamente, qual a natureza científica (episteme) do campo jornalístico e de seu objeto de estudo? Entre um extremo que supõe a inexistência de uma legitimidade teórica própria do campo jornalístico e outro que advoga uma ciência jornalística com autonomia teórica suficiente para dispensar até mesmo a transdisciplinaridade, proponho um caminho intermediário. Parto do princípio de que a Teoria do Jornalismo é um dos prolongamentos da Teoria da Comunicação e, concomitantemente, da hipótese de que é possível pensar cientificamente o fenômeno noticioso em sua especificidade. Este ensaio condensa, na primeira parte, minhas reflexões mais recentes sobre o campo epistêmico do jornalismo e a imaterialidade de seu objeto de estudo, para depois, na segunda parte, dar o passo seguinte: propor um conceito expandido de notícia, que tente superar o entendimento limitado de notícia como gênero (informativo), responda à particularidade do objeto de estudo do Jornalismo e, logo, contribua para sua teorização. PALAVRAS-CHAVE: Campo Jornalístico, Teoria do Jornalismo, Notícia, Epistemologia.
76.               SILVA, Jailson de Souza. Considerações sobre a juventude e violência urbana. (Revista ECO-Pós, v.08, n.1, janeiro/julho 2005, p. 13-23). RESUMO: Há alguns anos, em função do meu interesse acadêmico e cidadão pelas práticas sociais desenvolvidas nos espaços populares, tenho me dedicado, dentre outros, a temas vinculados à juventude. Chama-me atenção, em especial, o processo de construção e reconhecimento da identidade do jovem na cidade, assim como os pressupostos “adultocêntricos” dos discursos que tratam a juventude, em especial a pobre, apenas na condição “problema social” e, portanto, “objeto da ação” do Estado ou das instituições sociais. Neste breve artigo, contudo, vou deter-me especialmente nos vínculos dessas formas de representação e sua vinculação com as práticas sociais violentas. Não por que seja a temática que mais me agrada, mas por se tratar de um imperativo ético enfrentar este tema no Brasil atual, e em particular na região Metropolitana do Rio de Janeiro.
77.               SILVEIRA, Ada Cristina Machado da. Ambivalência entre fronteiras e favelas: reconstrução socio-semiótica da cobertura jornalística sobre as periferias. (Revista Comunicação e Espaço Público, ano 11, n°s 1 e 2, 2008) RESUMO: A cobertura jornalística realizada por mídias nacionais sobre o cotidiano das periferias nacionais (fronteiras internacionais do Brasil) as mantém atreladas a um imaginário de situações recorrentes articulados pela ausência de estado, caos e violência que persiste mesmo com o fim da Ideologia de Segurança Nacional e da Guerra Fria. A mídia nacional observa prática semelhante quanto à cobertura de acontecimentos ocorridos nas periferias metropolitanas (favelas) o que, em certa medida, acaba por contaminar a cobertura que as mídias locais fronteiriças realizam de seu cotidiano. Para além do preceito canônico de informar com objetividade, o agenciamento jornalístico mantém a noticiabilidade sobre as periferias numa condição ambígua que enquadra seus acontecimentos indistintamente ou como alarmes de incêndio ou dispositivos panópticos que alertam continuamente a comunidade nacional/local para seus perigos. A investigação estuda como a reconstrução sócio-semiótica pode ajudar na compreensão da questão da ambivalência significacional interposta entre as periferias nacionais e metropolitanas. A interpretação sócio-semiótica da discursividade midiática permite entender como é que as alegorias da nação continuam a se constituir em limites político, social e cultural no mundo globalizado. E sua discursivização antes que representação de uma realidade insustentável e precária se faz expressiva das ambigüidades contidas neste início de sociedade global. PALAVRAS-CHAVE: Mídia, Periferia, Globalização, Sócio-semiótica, Jornalismo
78.              SOARES, Rosana Lima. Estigmas sociais em narrativas audiovisuais: consolidação e transgressão (Revista Contemporânea, vol. 8, nº2. Dez.2010) RESUMO: Tomando como ponto de partida a articulação mídias e estigmas sociais, este artigo aponta aspectos relacionados às suas redundâncias e ressonâncias em discursos audiovisuais. Para além da hipótese inicial de que as mídias, em suas variadas manifestações, operam como lugar de reforço (permanência) dos estigmas – percebida na análise de jornais impressos, revistas e telejornais –, ensaiamos uma outra possibilidade: a de nelas demonstrar a transposição (ruptura) de estigmas sociais. Apontar nos discursos midiáticos os espaços de manutenção ou de transformação dos estigmas é tarefa que nos propomos realizar a partir de resultados encontrados tomando como base filmes brasileiros exibidos em circuito comercial. Estendendo os argumentos apresentados e aplicando-os a um conjunto de filmes (documentais/ficcionais), pretendemos ainda levantar questionamentos sobre a temática tratada. PALAVRAS-CHAVE: Mídias; Estigmas sociais; Cinema brasileiro.
79.               SOUZA & BATISTA. Pesquisa Participativa de Base Comunitária (PPBC) como ferramenta de avanço em pesquisas envolvendo comunidades. (Revista ECO-Pós, v.12, n.2, maio/agosto 2009, p. 84-97). RESUMO: A pesquisa participativa de base comunitária na sua concepção desenvolve a ideia de um proceder metodológico que envolve a comunidade em todas as suas fases de aplicação, desde a definição de sua necessidade até a implementação das intervenções eventualmente propostas. A metodologia desta pesquisa é capaz de traduzir em resultados para a comunidade o diálogo entre a academia e o grupo foco do estudo. Ainda pode possibilitar um aumento da autoeficiência da comunidade tanto em relação à solução de um problema específico quanto a desenvolver autonomamente novos projetos de pesquisa. PALAVRAS-CHAVE: Metodologias; PPBC; Comunidades em risco
80.              TACUSSEL, Patrick. Morte na Página.(Revista FAMECOS, Porto Alegre, n. 29, abril de 2006). RESUMO: Este artigo analisa, sob forma idealtípica, a divulgação de mortes pela mídia, estabelecendo uma distinção operatória entre fatos relatados em noticiários e outros, que pertencem ao registro do acontecimento. Observa-se a recorrência de certos cenários. PALAVRAS-CHAVE: Noticiário, Comunicação, Imaginário.
81.               TAVARES & VAZ. Fotografia jornalística e mídia impressa: formas de apreensão. (Revista FAMECOS, Porto Alegre, n. 27, agosto de 2005). RESUMO: Este texto busca atentar para a importância do fotojornalismo enquanto forma de representação visual na mídia impressa na atualidade. Mais especificamente, procura-se pensar o papel da relação fotografia-jornalismo nos processos de construção de sentido existentes nos veículos impressos jornalísticos de grande circulação. Neste percurso são explorados alguns aspectos e características da linguagem fotojornalística, bem como sua inserção no contexto midiático e social. PALAVRAS-CHAVE: Fotojornalismo, Mídia Impressa, Jornal Diário.
82.              TEMER, Ana Carolina Rocha Pessoa. Sensacionalismo sem sangue – uma análise de telejornalismo ao vivo. (Revista Verso e Reverso, v. 19 jan/abr 2005). RESUMO: Este trabalho apresenta uma análise exploratória do programa Brasil urgente, exibido em rede nacional de segunda a sábado pela Rede Bandeirantes de Televisão. Dá ênfase aos limites que envolvem o jornalismo sensacionalista para a televisão, por meio dos fatos noticiados e como eles são tratados; a ordem interna da narrativa, a redundância, a fragmentação do conteúdo e o tempo total da narrativa, além das questões referentes às transmissões ao vivo e aos recursos retóricos ou técnicos que procuram tornar esse telejornalismo mais atraente para o público, mas que acabam contribuindo para que a informação perca a qualidade. PALAVRAS-CHAVE: jornalismo, telejornal, televisão
83.              TONDATO, Márcia Pericin. Violência na mídia ou violência na sociedade? (Revista FAMECOS: mídia, cultura e tecnologia, nº 32, abril de 2007). RESUMO:Este artigo discute a questão da violência e sua representação na televisão, apresentando os resultados de uma ampla pesquisa de recepção, com emprego das abordagens qualitativa e quantitativa, na busca pela atribuição de sentido pela recepção. O resultado da análise dos discursos dos emissores e receptores mostra-nos o cenário de uma sociedade mediática, dependente da televisão como fonte de informação; porém uma informação que é elaborada conforme o entorno social e cultural. Para o receptor, o consumo é imediato, não há espaço para reflexão. As notícias devem ser breves e objetivas.Os programas jornalísticos apenas retratam os acontecimentos da cidade, não sendo violentos em si. A violência fica mais caracterizada nos programas relacionados ao entretenimento, na medida em que desrespeitam o ser humano. PALAVRAS-CHAVE: televisão, recepção e violência.
84.              URE, Mariano. A função pública do jornalista: da imparcialidade à coesão social. (Revista Estudos em Jornalismo e mídia, ano 5, v. 2, jul/dez 2008). RESUMO: O artigo se insere no debate sobre que tipo de jornalismo requerem as sociedades complexas e plurais, e questiona a velha ferramenta da excelência na confecção da notícia. Critica os resquícios da teoria do derrame no terreno da comunicação, segundo a qual quanto maior e mais objetiva for a informação, maior democracia e institucionalidade. E assim, reconsidera o critério da imparcialidade e a competência profissional sobre a informação ética, propondo em seu lugar o compromisso social, que se cumpre na promoção de uma cultura da paz. Finalmente, redefine o jornalismo responsável como aquele que media a fragmentação dando lugar à coesão social. PALAVRAS-CHAVE: Jornalismo responsável, Violência, Sensacionalismo, Pacificação, Diversidade, Coesão social.
85.              VAZ, CAVALCANTI, OLIVEIRA & SÁ-CARVALHO. Pobreza e risco: a imagem da favela no noticiário do crime. (Revista Fronteiras, v. 07, mai/ago 2005). RESUMO: Este texto expõe os resultados de uma pesquisa empírica sobre a imagem das favelas cariocas na cobertura de crimes da editoria Rio do Jornal O Globo. Nossa hipótese é a de que as notícias sobre crime têm recentemente se endereçado à audiência de classe média como vítima virtual de uma criminalidade proveniente do morro. No tratamento dos dados, observamos a incidência dos termos tráfico, favela e droga. Selecionamos então as notícias que continham o termo “favela” e examinamos se esta aparecia como lugar de criminosos, de vítimas ou de vítimas e criminosos. Por fim, analisamos qualitativamente os modos de se construir a super-representação da favela como lugar de criminosos e a sua sub-representação como lugar de vítimas. PALAVRAS-CHAVE: risco, jornal, vítima virtual.
86.              VAZ, SÁ-CARVALHO & POMBO. A vítima virtual e sua alteridade: a imagem do criminoso no noticiário de crime. (Revista FAMECOS, Porto Alegre, n. 30, agosto de 2006). RESUMO: Esse artigo conceitua a forma contemporânea de produção de alteridade a partir da análise da mudança na imagem do criminoso no noticiário de crime do jornal O Globo entre os anos 1983 e 2001. Considerando que parte significativa da construção da alteridade depende das práticas de atribuição da responsabilidade, propomos que a mudança de imagem do criminoso está associada à passagem da norma ao risco como o conceito básico a partir do qual os indivíduos na cultura ocidental pensam o poder da ação humana. PALAVRAS-CHAVE: Risco, Vítima virtual, Alteridade.
87.              XIBERRAS, Martines. Mídia e violência do imaginário. (Revista FAMECOS, Porto Alegre, n. 29, abril de 2006). RESUMO: Baseado nos estudos de Gilbert Durand, este artigo analisa a matriz arquetípica do imaginário comunicacional própria às nossas culturas contemporâneas. Trata-se de questionar o estatuto da imagem e a sua relação com as culturas passadas e presentes, de mostrar o mecanismo da hipérbole negativa que serve de pretexto à antítese sobre a qual se apóia o pensamento racional ocidental. PALAVRAS-CHAVE: Imagem, Comunicação e Violência.