Artigos [Criminologia]

Banco de Dados de Artigos da Área da Sociologia e do Direito
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1.                   CARVALHO JR, Orlando Lyra. Mídia e criminalidade: acertos e impasses no agenda-setting e no accoutability.(Ciências Sociais Unisinos, São Leopoldo, Vol. 46, N. 2, p. 187-196, mai/ago 2010) RESUMO: A emergência da TV como meio privilegiado de comunicação social, nos anos de 1960, coincidiu com o aumento dos índices de criminalidade no Ocidente. A TV não só mudou as regras do discurso político, mas também reduziu o senso de distanciamento que separava a classe média do crime. A hipótese levantada neste trabalho é a de que a mídia, especialmente a eletrônica, desempenha um papel relevante na formação do complexo de crime na modernidade tardia, ao explorar, dramatizar e reforçar uma nova experiência pública de profunda ressonância psicológica. Fazendo isso, a mídia, com a cultura popular e o ambiente construído, ajudaram a institucionalizar tal experiência, ao fornecerem ocasiões cotidianas de expressão das emoções de medo, fúria, ressentimento, vingança e fascínio que as experiências individuais de crime provocam. Tal institucionalização direcionou a atenção do público, não para o problema da criminalidade em si, menos ainda para seus índices oficiais, mas para suas representações. PALAVRAS-CHAVE: mídia, criminalidade, segurança pública.
2.                  COAN, Emerson Ike. A informação como Mercadoria e a Estetização da Notícia na Sociedade Cotemporânea (Estud. sociol., Araraquara, v.16, n.30, p.19-35, 2011). RESUMO: Este trabalho procura fomentar a reflexão crítica com vistas a uma compreensão racional acerca da informação como mercadoria e a consequente estetização da notícia na contemporaneidade. Não deixará de versar sobre a interferência da lógica da Publicidade no Jornalismo nesse curso histórico da sociedade capitalista, quer no contexto global, quer no da realidade brasileira. O texto será permeado por trechos de “A sociedade do espetáculo” e dos “Comentários sobre a Sociedade do Espetáculo” de Guy Debord, principal referência dos trabalhos de investigação desenvolvidos pelo Grupo de Pesquisa “Comunicação e Sociedade do Espetáculo”. PALAVRAS-CHAVE: Jornalismo. Publicidade. Contemporaneidade. Sociedade do Espetáculo. Teoria Crítica da Comunicação.
3.                  GAVIRIA, Margarita Rosa. Controle social expresso em representações sociais de violência, insegurança e medo.( Sociologias, Porto Alegre, ano 10, nº 20, jul./dez. 2008, p. 72-107). RESUMO: Neste ensaio analisamos as representações de violência e sentimentos derivados - insegurança e medo para duas gerações de pessoas (jovens e adultos) moradoras de municípios do Rio Grande do Sul, caracterizados pelo alto índice de criminalidade. Mostramos como a análise das representações sociais, elaborada com base nos discursos sobre o tema, permite apreender ações, sentimentos, valores e idéias criadas pelas pessoas, como estratégias de controle social e prevenção da violência. Assinalamos também diferenças entre as gerações nas concepções de violência e em ações desenvolvidas para enfrentar o problema. No entanto, mostramos como, independentemente da posição social que a pessoa ocupa, os elementos dos discursos em torno da violência constroem-se em decorrência de experiências sociais vivenciadas em ambientes vulneráveis à violência. Este fenômeno é acentuado em contextos sociais nos quais emana a crise das instituições, em que a família, a igreja e a polícia perdem o poder de exercer o controle social e tornam-se, portanto, ineficazes no cumprimento desta função, induzindo as pessoas a desenvolverem, individualmente, mecanismos de controle da situação. PALAVRAS-CHAVE: Violência. Controle social. Representação social. Medo. Insegurança.
4.                  Hennigen, Inês. A paternidade na contemporaneidade: um estudo de mídia sob a perspectiva dos estudos culturais.( Psicologia & Sociedade; 14 (1): 44-68; jan./jun.2002). RESUMO: Neste artigo discutimos as possibilidades que a perspectiva dos Estudos Culturais abre para a pesquisa em Psicologia Social e, de forma mais específica, para a temática da paternidade. Questões relativas à construção das identidades e à importância da mídia neste processo são discutidas. A paternidade é aqui concebida como uma construção social que acompanha o caráter flexível das demais posições identitárias. A análise de um comercial de televisão é apresentada e mostra como diferentes aspectos da cultura contemporânea se atravessam e mesclam com a temática pai. PALAVRAS-CHAVE: identidades, paternidade, mídia, Estudos Culturais.
5.                  LEAL, José Manuel Pires. O sentimento de insegurança na dicsursividade do crime. (Sociologias, Porto Alegre, ano 12, no 23, jan./abr. 2010, p. 394-427). RESUMO: O artigo que se apresenta tem com objecto de análise a representação do sentimento de insegurança face ao crime, com base no estudo comparativo de duas comunidades em Portugal, cujos modelos dominantes de sociabilidade pouco se assemelham – concelho de Mértola e linha de Sintra; concelho de Mértola erodido por uma contínua desertificação demográfica, e linha de Sintra em crescente expansão urbanística e demográfica. Procurou-se interpretar os discursos produzidos pelos entrevistados, sujeitos à influência não só dos signos e mecanismos que definem a modernidade, como ao efeito socializante dos grandes paradigmas que marcam a vivência nas sociedades contemporâneas. Normatividade e ruptura face ao estabelecido são uma constante ao longo do artigo. Não existe um sentimento de insegurança. O que habita os indivíduos são uma pluralidade de formas de expressar os receios construídos a partir do cruzamento de variáveis como: o tipo de solidariedade dominante na comunidade ou no local de residência; a proximidade residencial de locais vincados pela exclusão e por assimetrias socioculturais e económicas; e a experiência de vitimação directa ou emocionalmente próxima. Conclui-se que tais variáveis condicionam as práticas e as representações que os indivíduos vão construindo acerca da definição dos agentes e suas motivações para o comportamento desviante, assim como da eficácia dos mecanismos de controlo social. PALAVRAS-CHAVE: Crime. Delinquência. Sentimento de insegurança. Urbano. Rural.
6.                  MAGALHÃES, Nara. Significados de violência em abordagens da mensagem televisiva.( Sociologias, Porto Alegre, ano 11, nº 21, jan./jun. 2009, p. 318-343). RESUMO: Este artigo aborda a multiplicidade de significados da violência apontada pelos estudiosos, comparando-a com estudos empíricos realizados em uma cidade de médio porte do interior do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. A seguir, discute a ausência dessas várias significações, tanto no espetáculo televisivo, quanto na percepção das pessoas pesquisadas, e a presença de estereótipos na construção de mensagens da televisão e em suas interpretações. Busca, também, expor outros dados para explicar a percepção das pessoas pesquisadas sobre o aumento da violência no contexto local. Problematiza, por fim, a cultura do medo, sugerindo que ela pode ser alimentada não só pelo alarme das pessoas pesquisadas que assistem ao espetáculo televisivo, mas também pelo próprio modo de alguns estudiosos analisarem este mesmo espetáculo. A reflexão busca demonstrar que existem concepções reificadas de violência, imagem e realidade, presentes no debate, que retro alimentam a percepção de aumento da violência e o sentimento de insegurança daí decorrentes. PALAVRAS-CHAVE: Violências. Estudos de recepção. Espetáculo televisivo. Cultura do medo. Antropologia da mídia.
8.                 PORTO, Maria Stela Grossi. Mídia, segurança pública e representações sociais (Tempo Social, revista de sociologia da USP, v. 21, n. 2, 2009). RESUMO: O artigo tem como objetivo pensar a natureza complexa das relações entre mídia e segurança pública, as quais, como realidades não acabadas em si mesmas, conformam um campo em constante tensão. Argumenta-se que nas modernas democracias contemporâneas a mídia se constitui em instrumento relevante de elaboração de representações sociais, que, por sua vez, para além de seu caráter falso ou verdadeiro, são veículos privilegiados para a produção e a reprodução de crenças e valores, com função pragmática enquanto orientadoras de conduta de distintos atores sociais. Defende assim a relevância de considerar que tais representações (aí incluídas, portanto, aquelas produzidas pela mídia) poderiam ser levadas em consideração, como subsídio, quando da formulação de políticas para a área da segurança pública. Como suporte empírico, o artigo se utiliza de exemplos e considerações voltados à análise do contexto do Distrito Federal. PALAVRAS-CHAVE: Mídia; Representações sociais; Violência policial; Segurança pública; Políticas públicas; Distrito Federal.
10.              PRATES & TAVARES. A influência da mídia nas decisões do conselho de sentença. (Revista Direito e Justiça, Porto Alegre, v. 34, n. 2, p. 33-39, jul./dez. 2008). RESUMO: O presente estudo tem como objetivo abordar as peculiaridades e funções do Tribunal do Júri e a influência da mídia nas decisões do Conselho de Sentença. Para tanto, foi realizada uma revisão na literatura, por meio de uma pesquisa bibliográfica sobre o tema. Neste contexto, questiona-se: A repercussão pela mídia, no caso concreto, influi na decisão do Conselho de Sentença? Em resposta a esta questão observamos que a mídia pode sim interferir nas decisões do Conselho de Sentença. A mídia provoca reações nos promotores, advogados, jurados, testemunhas e pode levar a uma sentença errônea. Ao ser noticiados os crimes e atos judiciais é necessário que haja objetividade e os abusos praticados pela mídia devem ser condenados. PALAVRAS-CHAVE: Júri e Mídia
11.                ROVIDA. Mara Ferreira. Fragmentação ou segmentação social? Durkheim, Debord e o jornalismo segmentado.( Estud. sociol., Araraquara, v.16, n.30, p.37-57, 2011). RESUMO: Os processos de fragmentação social estão cada vez mais em foco nas discussões sociológicas contemporâneas, sendo também uma preocupação dos estudiosos da comunicação. A partir de uma visão sociológica dos processos de divisões sociais e suas consequências, que em alguns casos têm a ver com a fragmentação, pretendemos, neste artigo, observar de que maneira as divisões sociais estão refletidas no surgimento de formas diferenciadas de comunicação. Nosso objetivo é demonstrar a correlação da existência do Jornalismo Segmentado com a intensificação do processo de divisão do trabalho social e verificar se esse formato de jornalismo evidencia ou não um processo de fragmentação. Para essa análise faremos um confronto de ideias de duas correntes teóricas diferentes, a Sociedade do Espetáculo e as idéias de Niklas Luhmann e Émile Durkheim. PALAVRAS-CHAVE: Segmentação. Fragmentação. Jornalismo. Divisão do trabalho social. Durkheim.
12.               SANTOS JÚNIOR, DUTRA & SILVA FILHO. Levantamento da Percepção do medo e do crime em Santa Catarina. (Revista Brasileira de Segurança Pública, ano 1, Ed. 2, 2007). RESUMO: O presente estudo tem por finalidade identificar o medo do crime nos seis municípios integrantes das mesorregiões do Estado de Santa Catarina, por intermédio de uma pesquisa de cunho teórico-empírica, do tipo exploratória ou de multicasos, que empregou uma análise de dados quantitativa. Dos resultados pode-se asseverar que, em diversas dimensões do medo do crime, será imperativo que, nas organizações policiais, se tomem decisões para a procura do atendimento desses anseios. Por último, assinala-se que o medo do crime no Estado de Santa Catarina está correlacionado, precisamente, com variáveis de caráter psicossociológicas, de complexa aferição, concluindo-se que, nos referidos municípios paira a impressão do medo do crime em algumas dimensões empregadas nesta pesquisa, necessitando, desta forma, repensar algumas diretivas para melhorar a sensação de segurança. PALAVRAS-CHAVE: Segurança pública, Medo do crime, Política de segurança pública e Sensação de segurança
13.               SCHREIBER, Simone. A publicidade opressiva dos julgamentos criminais. (RBCCRIM, 2010).
14.               SHECAIRA, Sérgio Salomão. Criminalidade e os meios de comunicação. (RBCCRIM, v. 10, abr/jun 1995).